terça-feira, 8 de novembro de 2016

COMO UMA SEMENTE



 


Sempre, nós devemos respeitar e enxergar a essência divina inerente e dentro de cada ser humano; assim, como observamos, com grande expectativa e paciência,
 a semente, que lançamos na terra lavrada,
 prestes a germinar, crescer, florescer e dar frutos. 
 
 
Para reflexão e aprimoramento...
 
 
[...] É muito sério viver numa sociedade de possíveis deuses e deusas, lembrar-se de que a pessoa mais enfadonha e mais desinteressante com quem se pode conversar talvez seja um dia seja uma criatura que, se alguém soubesse disso agora, seria tentado a adorar ou, de outro modo, talvez seja o horror ou a corrupção tal como se conhecessem agora somente em pesadelo, se tanto. De alguma forma, passamos o dia inteiro ajudando uns aos outros a alcançar um ou outro destinos. É a luz dessas esmagadoras possibilidades, é com assombro e a cautela dignas delas, que devemos pautar os nossos negócios uns com os outros, todas as amizades, todos os amores, todos os divertimentos e todas as políticas. Não existem pessoas comuns. Você jamais conversou com alguém que fosse um simples mortal. As nações, as culturas, as artes, as civilizações -- todas essas coisas são mortais, e vida delas comparada com a nossa é como a vida de um mosquito. Mas é com imortais que brincamos, trabalhamos e a quem exploramos  --- horrores imortais ou esplendores eternos. Isso quer dizer que devemos ser perpetuamente solenes. Precisamos brincar. Nosso divertimento, porém, deve ser do tipo daquele que existe entre pessoas que levam, desde o início, umas às outras a sério (e, na verdade, esse é o tipo mais feliz) -- sem desrespeito, sem superioridade, sem presunção. E o nosso ato de caridade deve ser o amor verdadeiro e caro, sem transigência com os pecados, apesar de amar o pecador -- não mera tolerância, nem indulgência, que é a mais paródia do amor assim como a irreverência é uma paródia do divertimento. Depois dos próprios elementos sagrados da Ceia do Senhor, 9 nosso próximo cristão, ele é santo quase da mesma forma que os elementos da Ceia, pois nele também Cristo vere latitat -- glorificador e glorificado, a Ele mesmo, Glória, está verdadeiramente escondida.
 
 
 
9 Decidi traduzir Blessed  Sacraments por ''elementos  da Ceia do Senhor'' para ficar mais próximo da idéia da tradução protestante  brasileira. O que se depreende do original, porém, é na liturgia anglicana, denominação a quem pertencia o autor, os elementos materiais em si são sacralizados. [N. do T.]

(Extraído do Livro: O Peso de Glória de C.S.Lewis, p. 48-49)




 
 
 
 
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário