sábado, 19 de novembro de 2016

A ORAÇÃO É O OXIGÊNIO DA ALMA AFLITA, OFEGANTE E ABATIDA!


 
 

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Alguns anos atrás, eu comecei a sentir muita dores de cabeça, no início, eu pensei que estava com sinusite, procurei uma médica, e ela passou um raio X da face, e deu negativo o exame; então ela me disse que poderia ser algum problema de visão; ela estava certa, após a consulta com outro médico especialista, e ter feito os exames necessários, foi constatado que eu tinha hipermetropia, e teria de usar os óculos. No primeiro dia,  que comecei usá-los, sentir um pouco de mal estar, mas eu percebi que enxergava o ambiente  de uma maneira nova e diferente. Nem tinha percebido, o quanto enxergava mal anteriormente; com o passar dos dias, fui me alegrando, me acostumando a usar os óculos, eu enxergava tudo com maior nitidez e clareza, poderia ler sem sentir mais as constantes dores de cabeça. Uma maravilha, o que ocorreu comigo.
 
Hoje, de manhã bem cedo, estava lendo a Palavra de Deus, orando, meditando, e comecei mentalmente a fazer uma correlação entre usar os óculos e orar...muitas vezes, estamos tão aflitos, temorosos, ou até muito tristonhos, com uma sensação, até de não enxergar um palmo diante do nariz, devido a tantas tribulações e sofrimentos. E quando nos aquietemos e começamos a orar, uma nova visão, um novo horizonte se descortina em nossa frente; enxergamos com clareza, que não conseguíamos enxergar antes, sem neblinas, nuvens cinzentas. Deus está ao nosso lado, Jesus Cristo está perto de nós,  o nosso Pai amado nos ouve atentamente; o Espírito Santo nos consola, intercede por nós, mesmo quando não conseguimos expressar completamente em palavras o que sentimos, ou o que desejamos naqueles momentos sombrios.
 
Podemos perceber o que estou relatando em inúmeros clamores dos salmistas, também, aflitos, sofredores, indagadores, contritos, sedentos em busca de ajuda, livramentos, respostas as suas indagações, orações. Em especial, cito o salmista Asafe que se derrama em súplicas, em sentimentos contraditórios diante da  presença do SENHOR, e com perfeição, ele expressa o que eu estou tentando compartilhar com vocês.
 
''Quando o coração se me amargou
 e as entranhas se comoveram,
 eu estava embrutecido e ignorante;
 era como um irracional à tua presença.
 
Todavia, estou sempre contigo,
tu me seguras pela minha mão direita.
 
Tu me guias com o teu conselho
e depois me recebes na glória.
 
Quem mais tenho eu no céu?
Não há outro em quem
eu me compraza na terra.
 
Ainda que a minha carne
e o meu coração desfaleçam,
Deus é a fortaleza do meu coração
e a minha herança para sempre''.
 
(Salmos 73:21-26)
 
Enfim,  a oração é o oxigênio da alma aflita, ofegante e abatida!
 
Continuando a meditar, também, pensei que muitas pessoas proferem que estão sempre orando por nós; fico pensando até que ponto essas afirmações são verdadeiras?
 
E se elas são sinceras, será que elas oram em espírito, em contrição, sendo verdadeiras intercessoras?
 
Será que elas não chegam na presença do Pai amado somente com uma lista de pedidos em prol dos entes amados, ou de algum irmão ou de alguma irmã em especial? Oram que, seja sempre feita a vontade de Deus nessas vidas, mesmo que, elas sejam moldadas, provadas, transformadas, injuriadas, desprezadas, presas, espancadas, despojadas dos seus bens, dos entes amados, e tantas outras tribulações, perdas, doenças ou mortes? Oram com gratidão pelas vidas dessas pessoas, por conhecê-las, desfrutarem das suas presenças, por serem amigas, amá-las, e tantas outras benignidades que são ofertadas pelas interações com elas; ou até pelas vidas dos algozes, que são mestres, nas dores infligidas a nós, também, nos ensinam lições preciosas.
 
Será que elas têm o discernimento espiritual, para enxergarem o que Deus quer realizar, realmente, nas vidas dessas pessoas?
 
Eu, sinceramente, almejo, oro, clamo, se existe alguém que intercede por mim, ore dessa maneira: ORE QUE EU SOFRA, MAS SEJA TRANSFORMADA;  ORE QUE EU PERCA TUDO, MAIS QUE GANHE O MAIS IMPORTANTE, E ESSENCIAL: A VIDA ETERNA; QUE EU SEJA FRACA, MAS QUE EU SEJA FORTE  NO PODER DE DEUS, EM CRISTO JESUS!
 
Ore que eu sempre me diminua, para que Cristo possa crescer e me absorver totalmente!
 
Eu, sinceramente, estou farta de clichês proferidos, decretações de bênçãos somente materiais, e quase nunca espirituais, celestiais, se debruçando e já antevendo a eternidade!
 
Graças a Deus, somente a Ele, assim como estava sem enxergar direito, sentindo muita dores de cabeça; e quando comecei usar os óculos, tudo se transformou;  eu estou sendo transformada, e já orando dessa maneira pelos entes amados, os amigos ou algozes;  assim sejam as minhas orações; assim sejam as suas orações; assim, oro, clamo, desejo!
 
Para reflexão e aprimoramento:
 
''QUANDO  ORAMOS POR OUTRAS  pessoas, o Espírito de Deus opera no domínio inconsciente dessas criaturas das quais nada sabemos, e aquele por quem oramos também nada sabe. Entretanto, com o passar do tempo, a vida consciente dessa pessoa começa a mostrar sinais de agitação e inquietação. É possível que falemos até a exaustão, sem chegar a lugar nenhum, e nos desesperamos. No entanto, à medida que seguimos orando, um dia descobriremos que existe um início de um abrandamento no questionamento e um desejo de saber alguma coisa.
 
Essa é a intercessão que causa mais danos no reino de Satanás. Ela é tão leve, tão frágil, na sua fase inicial, que, se a razão não estiver unida à luz do Espírito Santo, jamais vamos atendê-la. No entanto, é esse o tipo de intercessão mais enfatizado no Novo Testamento, embora haja tão pouco para mostrar. Parece absurdo pensar que tudo isso pode acontecer por meio da nossa oração; mas lembre-se do Senhor a quem é dirigida a nossa oração. Nós oramos a um Deus que compreende as profundezas inconscientes da personalidade sobre a qual nada sabemos, e o Senhor nos disse para orar. 4 SPEMN''
 
 
4 P. 97-98.
 
 
( 4 Se pedirem em meu nome: segredos sobre o poder da oração 2 (Do original: IYA -- Ij The shall Ask- São Paulo: Vida, 2011. Extraído do Livro; Oração Um Encontro Com Deus -- Oswald Chambers, Harry Verploegh (ED.), P. 58).
 
 
 







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