sábado, 9 de julho de 2016

ACEITANDO A DOR


 
 



Apenas nos curamos do sofrimento ao experimentá-lo em sua totalidade.
 
Marcel Proust
 
 
 
Andréa Midgett  afirma o seguinte: ''Continuamente, quando pinto a cruz, vejo sempre braços. Os braços esticados de Jesus''. Ela observa que se Ele sido apedrejado como Estevão, Jesus automaticamente os teria levantando para proteger o rosto. Se tivesse sido decapitado, como seu primo João Batista, seus braços triam sido amarrados para trás. ''Em vez disso, os braços de Jesus foram esticados, desnudando seu coração. Mesmo quando Ele fisicamente, já não podia resistir, seus braços continuaram fixados no lugar pelos pregos''. 1
 
Quando refletimos sobre a rejeição, a vergonha, o desapontamento com Deus, o vício e a demonização, vimos como a cruz trata, com grande poder, os efeitos destrutivos das feridas humanas. Os braços estendidos de Jesus na cruz ilustram o primeiro passo crucial no processo de cura: Jesus se abre ao excruciante sofrimento. Ele se faz vulnerável. Ele não retém nada. Jesus aceita seu coração exposto e com o corpo dolorido e torturado, a agonia da cruz. Seus braços estendidos nos ensinam que a cura acontece não por permitimos o sofrimento, mas por suportá-lo ativamente e aceita-lo. Os que estão no caminho da cura devem ter o desejo de caminhar em direção à dor e através dela -- não fora dela ou ao seu redor.
 
 
1 Andréa Midgett, ''Picturing the Cross'', Christianity Today, 3 de abril de 1995, p.43.




(Extraído do Livro:  Feridas que Curam -- Levando Nossos Sofrimentos À Cruz -- Stephen Seamands, Parte 2, A Cruz e o Caminho para a Cura, p.117, 118)










 

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